domingo, 10 de maio de 2015

Coisas que o vídeo-game nos ensina

Quem cresceu nos anos 80, 90 e começo do 3º milênio se lembra muito bem de uma era em que as coisas eram mais simples quando o assunto era videogames: gráficos ficavam muito mais a cargo da imaginação do jogador, as histórias eram complexas às vezes mas quase sempre encurtadas para caberem nas mídias disponíveis e tudo girava em torno de entreter o usuário. Nenhum jogo era tido como uma obra de arte ou uma experiência multimídia. Era um brinquedo, com a pura e simples finalidade de passar o tempo de quem se dispusesse a se divertir com ele.
E foi nessa época que se firmaram vários conceitos que o pessoal carregou pra vida. Essas são pequenas verdades inabaláveis, tão certas quanto a morte nas mãos do chefe de fase. E é sobre elas que vou falar hoje e como elas se refletem na vida real. Então clica no jump break e continua lendo!
  
Na vida tudo é questão de rotina (e de achar a roupa certa)

 Super Mario Bros, Megaman/Megaman X, Disney's Magical Quest e tantos outros jogos nos ensinaram duas coisas muito importantes sendo a primeira estar sempre vestido de acordo com a ocasião. Em todos estes jogos você vai adquirindo trajes ao vencer adversários ou encontrar itens e eles são vitais para que você prossiga vencendo os desafios mais difíceis adiante no caminho. E é graças a esses jogos que várias gerações aprenderam que boné aba reta e blusão não é uma boa escolha pra entrevista de emprego.

Outra coisa que esses jogos ensinaram, e aqui você pode somar Punch Out como principal prova disto, é que as coisas ficam mais fáceis quando tu aprende a rotina correta para lidar com cada situação. O que fazer, quando fazer e como fazer. Cada desafio pode ser vencido facilmente desde que você saiba o padrão correto de ações para passar pelas dificuldades inerentes.


Homens precisam de machismo mais do que mulheres de feminismo


Antes de mais nada, não estou aqui pra defender misoginia, feminismo, machismo, sociedade patriarcal, feminazis, nada disto. Cada um com sua luta. Mas uma coisa que eu aprendi com os jogos foi a respeitar as mulheres como iguais. Tifa Lockheart, Lara Croft, Sonya Blade, Chun Li, Jill Valentine... Pra cada princesa em apuros no mundo dos games, temos pelo menos duas personagens fortes, de personalidade e presença marcante. Das quedinhas por mulheres 2D que marcaram a infância de inúmeros garotinhos inocentes aos desejos virtuais da adolescência (Mai Shiranui, jamais te esqueceremos!), todos nós que crescemos jogando tivemos pelo menos uma figura feminina em algum jogo que marcou nossas vidas. E, principalmente, que nos ensinou que mulheres não são o sexo frágil. Muito pelo contrário, elas chutam bunda e humilham muito marmanjo, inclusive quando o assunto é sair no braço.

Não importa o quão forte você seja, algumas coisas se resolvem com a cabeça


Quem já jogou Lufia, Chrono Trigger, Dino Crisis e Resident Evil, entre outros, sabe que não adianta ser um paladino lvl. 90 ou carregar um lança-granadas aonde quer que se vá. Algumas vezes não importa o quão forte ou bem equipado você seja, algumas vezes espadas, metralhadoras, granadas e punhos são inúteis. É com o tutano que a gente transpõe alguns obstáculos. Sempre vai chegar aquele momento em que temos que parar, tomar fôlego, relaxar e procurar respostas, táticas, ideias e perspectivas novas para que possamos progredir na aventura. E é daí que vem a habilidade de ser mais comedido, calculista, saber sair de situações difíceis inovando e criando soluções na medida do necessário. Dizem que videogames estimulam a criatividade e a velocidade de raciocínio. É pura lógica saber que eles podem fazer isso por alguém.


O teu progresso pode ser medido pela quantidade de dificuldades enfrentadas


Uma verdade sempre presente em todos os jogos é a de que, se há inimigos pra este lado, vocês está no caminho certo. E, se de uma hora pra outra as coisas ficam muito mais fáceis, é bom tu se preparar, o chefão está chegando. De todos os paralelos entre jogos e vida real que podem ser traçados, nenhum é mais verdadeiro que este: se as coisas estão ficando mais difíceis, é porque você está no caminho certo. O nome disso é amadurecer. É difícil, é complicado e é chato, mas é necessário e é o certo a acontecer. E, quando tu achar que as coisas estão fáceis demais, é quando as maiores mudanças se avizinham. E, da mesma forma em que nos jogos nós abraçamos cada dificuldade, cada inimigo, cada obstáculo como mais um passo rumo ao objetivo, na vida devemos ter a mesma atitude ao enfrentar os desafios. Afinal, foi assim que crescemos aprendendo a fazer, certo? Ou vai desistir e deixar dar Game Over?

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