sexta-feira, 6 de março de 2015

Os quatro elementos na formação do caráter

Os quatro elementos.
A natureza humana e a natureza do mundo se confundem em vários aspectos. Sendo um produto do mundo que o cerca, o ser humano é moldado por suas experiências e interações com o ambiente ao seu redor. Assim sendo, é natural que o homem aprenda por observação. Muito do que somos é depreendido das vivências. O observador mais cauteloso consegue ver nos quatro elementos básicos do mundo (terra, fogo, ar e água) um guia de como agir para alcançar o máximo proveito de sua própria vida.

Em sua força de vontade, a pessoa deve ser como a terra. A terra a tudo suporta, e a tudo sustenta. É na vontade inabalável como as fundações do mundo que o caráter deve ser construído. Apesar de parecer passiva, a terra na verdade é poderosa por sua própria estoicidade. Serve de base para tudo o que vive e progride. Assim deve ser a força de vontade. Apesar de tudo o que ocorrer, a força de vontade não deve se abalar. Deve estar sempre firme e presente, para que nela se baseiem as ações e os projetos a serem levados adiante. Todo e qualquer objetivo depende ultimamente de quão firme é o desejo de ser completado.

Em sua maleabilidade a pessoa deve ser como o vento. O vento é imprevisível, indo de calmaria a tempestade sem qualquer aviso, proporcionando rajadas perigosas ou brisas gentis de acordo com o sabor de seus caprichos. Qualquer pessoa que deseje alcançar algo deve ser maleável como o vento, indo de calma e complacência ao fervor de ação instantaneamente tão logo a situação exija. Nenhuma tempestade é eterna, bem como nenhuma calmaria é infindável. Sem a eventual aceleração, o vento se estagna. Sem a eventual ação mais veemente o ser também não progride.

Em sua perseverança, a pessoa deve ser como a água. A água circunda todos os obstáculos em seu caminho, se moldando de acordo com a necessidade para seguir sempre em frente. Ao encontrar uma barreira intransponível, a água se acumula, onda após onda de esforço, aumentando o volume da força que faz até que transborda sobre a barragem ou a derruba com o ímpeto de seus atos.

Por fim, em sua intensidade, a pessoa deve ser como o fogo. O fogo não reconhece desvios, não encontra diferenças entre seus combustíveis. O combustível do homem é seus objetivos. Então ele deve fazer como o fogo. Enquanto houver combustível, o fogo se espalha, se fortalece, aumenta e intensifica. Sempre transformando o que toca, sempre deixando sua marca no mundo.


Texto de autoria de José Julio Ferreira Alves.

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