Os quatro elementos. |
A natureza humana e a natureza do mundo se confundem em
vários aspectos. Sendo um produto do mundo que o cerca, o ser humano é moldado
por suas experiências e interações com o ambiente ao seu redor. Assim sendo, é
natural que o homem aprenda por observação. Muito do que somos é depreendido
das vivências. O observador mais cauteloso consegue ver nos quatro elementos
básicos do mundo (terra, fogo, ar e água) um guia de como agir para alcançar o
máximo proveito de sua própria vida.
Em sua força de vontade, a pessoa deve ser como a terra. A
terra a tudo suporta, e a tudo sustenta. É na vontade inabalável como as
fundações do mundo que o caráter deve ser construído. Apesar de parecer
passiva, a terra na verdade é poderosa por sua própria estoicidade. Serve de
base para tudo o que vive e progride. Assim deve ser a força de vontade. Apesar
de tudo o que ocorrer, a força de vontade não deve se abalar. Deve estar sempre
firme e presente, para que nela se baseiem as ações e os projetos a serem
levados adiante. Todo e qualquer objetivo depende ultimamente de quão firme é o
desejo de ser completado.
Em sua maleabilidade a pessoa deve ser como o vento. O vento
é imprevisível, indo de calmaria a tempestade sem qualquer aviso, proporcionando
rajadas perigosas ou brisas gentis de acordo com o sabor de seus caprichos.
Qualquer pessoa que deseje alcançar algo deve ser maleável como o vento, indo
de calma e complacência ao fervor de ação instantaneamente tão logo a situação
exija. Nenhuma tempestade é eterna, bem como nenhuma calmaria é infindável. Sem
a eventual aceleração, o vento se estagna. Sem a eventual ação mais veemente o
ser também não progride.
Em sua perseverança, a pessoa deve ser como a água. A água
circunda todos os obstáculos em seu caminho, se moldando de acordo com a
necessidade para seguir sempre em frente. Ao encontrar uma barreira
intransponível, a água se acumula, onda após onda de esforço, aumentando o
volume da força que faz até que transborda sobre a barragem ou a derruba com o
ímpeto de seus atos.
Por fim, em sua intensidade, a pessoa deve ser como o fogo.
O fogo não reconhece desvios, não encontra diferenças entre seus combustíveis.
O combustível do homem é seus objetivos. Então ele deve fazer como o fogo.
Enquanto houver combustível, o fogo se espalha, se fortalece, aumenta e
intensifica. Sempre transformando o que toca, sempre deixando sua marca no
mundo.
Texto de autoria de José Julio Ferreira Alves.
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